Você
conseguiria falar o que quaisquer ramos em desenvolvimento de um país
têm em comum? Claro que várias respostas caberiam a essa pergunta. Mas
certamente uma resposta impossível de contestar seria o aumento da
necessidade de energia elétrica. Desenvolvimento e tecnologia estão intimamente ligados ao aumento da demanda energética.
E é justamente nessa hora que entra a importância de um dos cursos
mais badalados em qualquer universidade: Engenharia Elétrica, ramo da
engenharia que lida com a geração, a transmissão, o transporte e a
distribuição da energia elétrica.
Sendo assim, o engenheiro eletricista está habilitado para planejar,
supervisionar e executar os mais variados projetos nas diversas áreas
relacionadas à energia elétrica. Desde uma usina hidroelétrica, por
exemplo, até pequenos (e complexos) circuitos eletrônicos.
Média Salarial
Segundo o CREA-SP, o piso salarial varia entre R$ 4.500 e R$ 5.300, de
acordo com os valores estipulados pelo governo federal em 2012.
Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2012, estes são os melhores cursos de engenharia elétrica do país.
*lista em ordem alfabética e organizada por estado
Entrevista
Para elucidar um pouco mais sobre engenharia elétrica, do curso ao
mercado de trabalho, convidamos para uma entrevista Marcelo Pravata,
engenheiro eletricista formado pela USP (Universidade de São Paulo) de
São Carlos, atual Gerente de Vendas para a América Latina da
Multinacional americana FLIR Systems.
1- Porque escolheu o curso de Engenharia Elétrica?
Eu tive a influência direta do meu pai, que é técnico em eletrônica, e
me sugeriu o curso pela diversas oportunidades de trabalho no mercado,
seja atuando como projetista, pesquisa e desenvolvimento, consultoria,
manutenção na área eletro-eletrônica ou mesmo em áreas administrativas e
cargos de chefia em grandes empresas. O Engenheiro, de uma maneira
geral, é muito valorizado no mercado de trabalho pela sua capacidade de
resolver problemas.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso é bastante pesado, com muita matemática do primeiro ao quinto
ano, além de várias matérias ligadas à computação. Nos últimos anos
existem também muitas aulas de laboratório, que ajudam a dar uma visão
mais prática da profissão. Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo
que li há alguns anos, o curso de Engenharia Elétrica foi eleito o mais
difícil de se concluir, até mesmo comparando com o de Medicina, apesar
de ser menos concorrido no vestibular. Com relação às dificuldades no
curso, isso pode variar bastante de uma pessoa para outra. Eu tinha uma
base muito forte de Matemática e Física, adquirida no Ensino Médio e
Curso Pré-Vestibular, mas não tinha nenhuma experiência com linguagens
de programação, somente o básico de Informática. Por isso tive mais
dificuldades em matérias ligadas à Computação.
3 – Como é exercer a profissão de Engenheiro Eletricista? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Eu trabalho atualmente como Gerente de Vendas para a América Latina em
uma Multinacional americana fabricante de Câmeras Térmicas e
Instrumentos de Teste e Medição. Passo 40% do meu tempo viajando por
todo o Brasil e América Latina, visitando canais de distribuição,
clientes e realizando palestras técnicas. A utilização do Espanhol e do
Inglês é diária e a facilidade com idiomas me ajudou a entrar no mercado
de trabalho. A área de Vendas também é muito orientada pela busca de
resultados com acompanhamento rigoroso do desempenho das vendas.
4- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao
mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua
área?
Apesar da taxa de desemprego no Brasil estar baixa, eu vejo que o
cenário do mercado de trabalho de uma maneira geral não está muito
positivo, principalmente devido à crise que atinge os países ricos.
Porém existem alguns segmentos do mercado com um grande crescimento,
como por exemplo as empresas do ramo alimentício e também fabricantes de
equipamentos médicos.
5 – Quais as principais características que você acredita
serem necessárias para aqueles que cursam engenharia e/ou exercem a
profissão?
Raciocínio lógico, habilidade com números, capacidade de resolver
problemas, criatividade e facilidade de adaptação à novas tecnologias.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro
tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a
sua profissão. Fique a vontade!
Existe uma especialização na Engenharia Elétrica conhecida como
Bioengenharia, que é voltada para o desenvolvimento de equipamentos
eletrônicos que auxiliam a medicina, como as próteses eletrônicas por
exemplo. As empresas da área médica podem ter diversas oportunidades
para o Engenheiro Eletricista, pois o curso de engenharia elétrica
estimula o estudante a ter uma visão tecnológica. Essa característica é
muito marcante em empresas do ramo Médico. Um exemplo é a Philips,
multinacional tradicional na fabricação de equipamentos eletrônicos como
aparelhos de som e TV, mas que vem investindo cada vez mais em sua
divisão de equipamentos médico-hospitalares de última geração.
FONTE: PORTAL INFOENEM
FONTE: PORTAL INFOENEM
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