domingo, 29 de dezembro de 2013

Feliz 2014 para todos Professores, Alunos, Funcionários e Comunidade em Geral

Domingo 29 de Dezembro de 2013, 18:13



A Escola Antonio Avelino através de sua direção e demais funcionários vem através desta pagina web deixar uma mensagem de Feliz ano novo para toda a comunidade em geral em especial a nossos alunos.

Mensagem!

"É hora de refazer seus sonhos ainda não realizados e acreditar que irá concretizá-los. Soltar um olhar solidário e acalantador para os seus amigos e bocejar para os inimigos. Aprender com os erros do ano já ido e brindar o ano bem vindo com um sorriso. Correr ao encontro daquele amor ainda não perdido ou surpreender mais uma vez o amor já conquistado. Desejo a você um ano repleto de luz, amor, saúde e prosperidade. Feliz Ano Novo!" (Autor Desconhecido).

Créditos: Francisco Anderson

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Governo paga folha de dezembro nesta sexta-feira

Quinta-feira, 26 de dezembro de 2013 - 10h41


O Governo da Paraíba paga, nesta sexta-feira (27), os salários dos servidores referentes ao mês de dezembro. De acordo com a Secretaria de Estado da Administração, os aposentados, pensionistas, servidores da ativa da administração direta e indireta receberão os vencimentos em um único dia.

Com o pagamento do mês de dezembro, o Governo injeta, nesta sexta-feira, na economia paraibana, R$ 262,3 milhões, incluindo os R$ 24,8 milhões pagos aos 14º e 15º salários para os 16.360 professores e servidores da educação selecionados nos prêmios Mestre da Educação e Escola de Valor.

No último mês do ano, o Governo do Estado mantém o compromisso com o pagamento da folha sempre dentro do mês trabalhado.

Fonte: GOVPB

domingo, 22 de dezembro de 2013

Guia de Profissão 2013 – Engenharia Química


De uma forma geral, Engenharia Química é o ramo da engenharia responsável por projetar, construir e operar plantas industriais. Assim sendo, o engenheiro químico desenvolve processos industriais que empregam transformações físico-químicas, criando, por exemplo, técnicas de extração de matérias-primas, bem como de sua utilização ou transformação em produtos químicos e petroquímicos, como tintas, plásticos, têxteis, papel e celulose.
Mas como toda engenharia, as pessoas formadas em engenharia química podem desempenhar inúmeras outras funções, como desenvolver produtos e equipamentos, pesquisar tecnologias mais eficientes, projetar e dirigir a construção de fábricas, usinas e estações de tratamento de rejeitos industriais.

Média Salarial inicial
De acordo com o CREA-SP, o salário inicial médio é de R$ 3.732,00 (6 horas diárias).

Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2013, estes são os melhores cursos de Engenharia Química do país.
*lista em ordem alfabética e organizada por estado

Entrevista
Para conhecer um pouco mais sobre essa profissão, convidamos para um bate-papo o engenheiro químico Bernardo Kerches Navarro, formado no ano de 2008 pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e que atua no momento como Coordenador de Engenharia de Aplicação.

1- Porque escolheu o curso de Engenharia Química?
Sempre gostei de exatas, e como engenharia é um curso amplo, decidi fazer o vestibular. A química veio um pouco depois, após ver que o mercado de atuação é ainda mais amplo, mas eu também já tinha afinidade com a química.


2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
Muito bom. Não me arrependo em nada de ter feito. Como todas as engenharias o curso é bem puxado, necessitando de empenho. Dificuldade de encontrar o primeiro estágio. Hoje em dia o mercado está cada vez mais competitivo, portanto quanto antes o início, melhor será.


3- De maneira geral, existe muita confusão, principalmente por parte dos vestibulandos, quanto as diferenças entre os cursos de Química e Engenharia Química. Poderia elucidar um pouco, para nossos leitores, essas diferenças?
A diferença é simplesmente a MASSA! O químico trabalha com miligramas, gramas, litro. Já o engenheiro trabalha com toneladas, metro cúbico. Simplesmente a ordem de grandeza (em oportunidades). Hoje em dia a possibilidade de um engenheiro assumir altos cargos em uma empresa é infinitamente maior que o químico.


4 – Como é exercer a profissão de engenheiro químico? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Hoje o engenheiro tem um mercado enorme, e acredito que o engenheiro químico tenha um mercado ainda maior. Normalmente o engenheiro químico trabalha em processos industriais. Porém, eu optei pela área comercial, aplicando equipamentos em processos industriais, um dos motivos que me levam a crer que nós engenheiros químicos temos um grande mercado. Minha rotina se baseia principalmente em contatos com clientes, seja por telefone ou em campo mesmo, mas nunca deixando a engenharia de lado, o conhecimento é inerente ao bom vendedor.


5- No atual momento econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os engenheiros químicos?
O mercado estava um pouco estagnado desde o início do ano, mas tem demonstrado reação. Uma coisa é fato, para bons profissionais nunca faltará oportunidade, por isso vale a dica, quanto mais cedo começar e mais preparado estiver, estará sempre um passo a frente de seus concorrentes.


6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores que pretendem seguir a sua profissão. Fique a vontade!
Para todas as áreas faltam profissionais qualificados. Um ponto é fato, esteja preparado, pois as oportunidades aparecem e batem a sua porta mas você não pode agarrá-las. O mercado é carente de profissionais comprometidos, que realmente fazem a diferença.
Há uma metáfora interessante com relação ao seu comprometimento. É o bife a cavalo, que seria um bife com um ovo frito em cima. Quem você é? A galinha que botou o ovo e foi embora ou o boi que deixou o pedaço dele para atingir o objetivo?
Na grande maioria dos casos só vai depender de você, isso vai te colocar na frente de seus concorrentes.

Guia de Profissão 2013: Engenharia Elétrica



Você conseguiria falar o que quaisquer ramos em desenvolvimento de um país têm em comum? Claro que várias respostas caberiam a essa pergunta. Mas certamente uma resposta impossível de contestar seria o aumento da necessidade de energia elétrica. Desenvolvimento e tecnologia estão intimamente ligados ao aumento da demanda energética.

E é justamente nessa hora que entra a importância de um dos cursos mais badalados em qualquer universidade: Engenharia Elétrica, ramo da engenharia que lida com a geração, a transmissão, o transporte e a distribuição da energia elétrica.
Sendo assim, o engenheiro eletricista está habilitado para planejar, supervisionar e executar os mais variados projetos nas diversas áreas relacionadas à energia elétrica. Desde uma usina hidroelétrica, por exemplo, até pequenos (e complexos) circuitos eletrônicos.


Média Salarial
Segundo o CREA-SP, o piso salarial varia entre R$ 4.500 e R$ 5.300, de acordo com os valores estipulados pelo governo federal em 2012.


Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2012, estes são os melhores cursos de engenharia elétrica do país.
*lista em ordem alfabética e organizada por estado

Entrevista
Para elucidar um pouco mais sobre engenharia elétrica, do curso ao mercado de trabalho, convidamos para uma entrevista Marcelo Pravata, engenheiro eletricista formado pela USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, atual Gerente de Vendas para a América Latina da Multinacional americana FLIR Systems.


1- Porque escolheu o curso de Engenharia Elétrica?
Eu tive a influência direta do meu pai, que é técnico em eletrônica, e me sugeriu o curso pela diversas oportunidades de trabalho no mercado, seja atuando como projetista, pesquisa e desenvolvimento, consultoria, manutenção na área eletro-eletrônica ou mesmo em áreas administrativas e cargos de chefia em grandes empresas. O Engenheiro, de uma maneira geral, é muito valorizado no mercado de trabalho pela sua capacidade de resolver problemas.


2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso é bastante pesado, com muita matemática do primeiro ao quinto ano, além de várias matérias ligadas à computação. Nos últimos anos existem também muitas aulas de laboratório, que ajudam a dar uma visão mais prática da profissão. Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo que li há alguns anos, o curso de Engenharia Elétrica foi eleito o mais difícil de se concluir, até mesmo comparando com o de Medicina, apesar de ser menos concorrido no vestibular. Com relação às dificuldades no curso, isso pode variar bastante de uma pessoa para outra. Eu tinha uma base muito forte de Matemática e Física, adquirida no Ensino Médio e Curso Pré-Vestibular, mas não tinha nenhuma experiência com linguagens de programação, somente o básico de Informática. Por isso tive mais dificuldades em matérias ligadas à Computação.


3 – Como é exercer a profissão de Engenheiro Eletricista? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Eu trabalho atualmente como Gerente de Vendas para a América Latina em uma Multinacional americana fabricante de Câmeras Térmicas e Instrumentos de Teste e Medição. Passo 40% do meu tempo viajando por todo o Brasil e América Latina, visitando canais de distribuição, clientes e realizando palestras técnicas. A utilização do Espanhol e do Inglês é diária e a facilidade com idiomas me ajudou a entrar no mercado de trabalho. A área de Vendas também é muito orientada pela busca de resultados com acompanhamento rigoroso do desempenho das vendas.


4- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
Apesar da taxa de desemprego no Brasil estar baixa, eu vejo que o cenário do mercado de trabalho de uma maneira geral não está muito positivo, principalmente devido à crise que atinge os países ricos. Porém existem alguns segmentos do mercado com um grande crescimento, como por exemplo as empresas do ramo alimentício e também fabricantes de equipamentos médicos.


5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para aqueles que cursam engenharia e/ou exercem a profissão?
Raciocínio lógico, habilidade com números, capacidade de resolver problemas, criatividade e facilidade de adaptação à novas tecnologias.


6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Existe uma especialização na Engenharia Elétrica conhecida como Bioengenharia, que é voltada para o desenvolvimento de equipamentos eletrônicos que auxiliam a medicina, como as próteses eletrônicas por exemplo. As empresas da área médica podem ter diversas oportunidades para o Engenheiro Eletricista, pois o curso de engenharia elétrica estimula o estudante a ter uma visão tecnológica. Essa característica é muito marcante em empresas do ramo Médico. Um exemplo é a Philips, multinacional tradicional na fabricação de equipamentos eletrônicos como aparelhos de som e TV, mas que vem investindo cada vez mais em sua divisão de equipamentos médico-hospitalares de última geração.

FONTE: PORTAL INFOENEM

Guia de Profissão 2013: Engenharia da Computação


Numa palestra de um professor da Poli (USP) feita na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), talvez a frase mais marcante tenha sido que, para ele, a profissão que mais traz qualidade de vida para a população seja a engenharia.
E se pararmos para pensar um pouco, a afirmação do palestrante faz todo sentido. Pontes, celulares, casas, computadores, automóveis, aparelhos hospitalares, tablets, antenas, geladeiras, câmeras, aviões, energia elétrica, rádios, gasolina etc. Esses são apenas alguns, dos infinitos exemplos, que não estaríamos usufruindo se não contássemos com os engenheiros.

Devido a essa imensa importância, é evidente que a profissão, ainda mais num país que busca um maior crescimento econômico, está (e continuará) muito valorizada.

E qual o “lado ruim” disso tudo? A disputa por vagas em engenharia nas grandes universidades brasileiras é desumana.
Dificuldades de acesso à parte, vamos falar um pouco mais sobre uma das engenharias mais badaladas: A Engenharia da Computação. Dentre as inúmeras funções que um engenheiro da computação pode assumir, podemos sintetizar que esses profissionais apresentam um conjunto de conhecimentos que serão utilizados para projetar e desenvolver computadores e seus periféricos, sendo responsáveis também pela integração dos sistemas de hardware e software.

Salário inicial
Segundo o CREA, o salário médio inicial é de R$ 3.732,00 (por 6 horas diárias);


Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2012, estes são os melhores cursos de Engenharia da Computação do país.

*Os dados estão organizados por estado e ordem alfabética.

Entrevista
Mas como é o dia a dia e as reais perspectivas desses profissionais no atual mercado de trabalho brasileiro? Para nos ajudar nessas e outras dúvidas, convidamos o pessoal do “Bit a Bit”, blog criado e mantido por alunos e ex-alunos de Engenharia de Computação da Universidade Estadual de São Paulo (USP). Fomos prontamente atendidos pelos engenheiros Eduardo Russo e Rafael Barbolo Lopes.

Segue a entrevista concedida por Eduardo.

1- Porque escolheu engenharia da computação?
Engenharia de Computação foi minha segunda faculdade. Me formei em Desenho Industrial em 2001. Desde formado, trabalhei com web design e meu foco sempre foi a parte tecnológica. Acabei cada vez mais gostando disso e resolvi cursar uma segunda faculdade focada em tecnologia.
Pesquisei bastante entre os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Computação (na Poli, pelo menos, é de, não da).
Escolhi engenharia pelo fato de ser um curso mais abrangente e que tinha mais a ver com meu perfil. Muitos líderes de diversas empresas cursaram engenharia e isso me fez ter mais interesse por esse curso.


2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
No geral o curso é bastante puxado e aborda os principais assuntos que, acredito, um profissional da área de engenharia de computação deve ver antes de ir para o mercado de trabalho. Na Poli, pelo menos, o curso é bastante voltado a formar uma base e quase nada voltado para o mercado, o que, na minha visão, forma um profissional mais completo, que de fato sabe como utilizar essa base, independente da tecnologia.
Não conheço a fundo o curso de outras faculdades, mas acredito que as melhores também se foquem nesse aspecto de dar uma base para o profissional e não em formar um técnico.
No geral, afirmo que é um curso difícil e que exige bastante dedicação. No início do curso eram muitas provas de assuntos genéricos (cálculo, química, física etc) e no final, muitos trabalhos complexos e trabalhosos.
Um dos grandes aprendizados que tive na faculdade foi aprender a não depender das aulas para aprender, já que vários professores deixavam bastante a desejar. Hoje consigo me virar em qualquer assunto, mesmo nunca tendo ouvido falar do mesmo, sei como pesquisar, buscar livros, colegas etc. Isso acaba fazendo parte do nosso perfil… aprendemos a resolver problemas de qualquer tipo.


3 – Uma das dúvidas mais comuns entre os vestibulandos é a diferença entre ENGENHARIA da comutação e CIÊNCIA da computação. Poderia nos esclarecer?
Já conversei algumas vezes com cientistas para me aprofundar nas diferenças e igualdades entre os cursos.
Ciências é um curso bem forte caso o foco seja desenvolver software. Você aprenderá as entranhas, o planejamento, a construção… provavelmente verá várias linguagens de programação e aprenderá profundamente algumas delas. Entenderá como solucionar diversos problemas usando e criando algorítmos e terá uma base matemática bem forte.
Engenharia é um curso mais generalista e você terá uma visão mais macro do computador. Terá várias matérias não relacionadas a computação, terá uma base mais profunda de hardware e como ele se comunica com o software.
Aprenderá muita lógica, mas não será nenhum mestre de programação (se depender da faculdade) em uma linguagem específica. Entenderá todas as entranhas de um sistema computacional, desde os componentes básicos até o sistema operacional.
PS. Caso tenham interesse, escrevi um texto bastante extenso detalhando o curso: http://www.bitabit.eng.br/2012/06/26/por-que-escolhi-fazer-engenharia-de-computacao/


4 – Como é exercer a profissão de engenheiro da computação? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Essa pergunta é bastante complicada e quase impossível de responder de maneira satisfatória.
Se 90% dos engenheiros civis viram “engenheiro civil” e vão planejar, calcular e coordenar a construção de casas e prédios, o mesmo não ocorre na engenharia de computação. Não existe um “cargo” de engenheiro de computação.
Entre meus colegas de sala, cada um atua em uma área, de uma forma. Desde formado, atuo como gerente de produtos e tenho colegas na área de desenvolvimento de software, arquitetura (de software), venda técnica, desenvolvimento de algoritmos para finanças, criação de jogos, gerentes de projeto etc.
É difícil descrever o dia a dia de cada um, mas garanto que pouco do que você viu na faculdade será utilizado de fato no dia a dia, mas toda a base recebida ao longo dos 5 anos de curso contribuem muito na hora de tomar cada decisão, na hora de pesquisar um assunto novo.


5- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
Acredito que é uma área com muitas oportunidades. Temos algumas empresas gigantes da área, outras empresas gigantes que utilizam a área e milhares de pequenas empresas. Além disso, para os empreendedores, é uma área em que empreender é relativamente barato e por isso pipocam novos produtos de internet a cada dia.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Uma frase que sempre falávamos na faculdade é: “Não deixe a faculdade atrapalhar seus estudos”. O curso de Engenharia de Computação é apenas o começo da sua carreira, criando a base para que você se descubra a vá atrás do que realmente gosta.
As possibilidades são infinitas e cabe ao estudante ir atrás do que realmente o encanta. Compiladores, sistemas operacionais, criptografia, gerência de projetos, desenvolvimento de software, criação de novos produtos, vendas, processos etc. Oportunidade é o que não falta para um formado com uma boa base.

Rafael Barbolo Lopes, entretanto, discorda de alguns pontos de Eduardo em relação à diferença de Ciência da Computação e Engenharia de Computação. Veja o que afirmou Rafael:

Ciência da computação era para ser um curso de ciência com foco em computação. Isso significa que os graduados deveriam ser capazes de evoluir teorias de computação usando os conceitos aprendidos. Por exemplo, seriam capazes de construir novos paradigmas de programação, novos algoritmos, novas linguagens, novas plataformas de computação.
Engenharia da computação era para ser um curso de engenharia com foco em computação. Isso significa que os graduados deveriam ser capazes de aplicar teorias e ferramentas de computação na resolução de problemas.
Colocando de forma simplória: o cientista inventa as ferramentas que o engenheiro usa.
Porém, essa é uma distinção difícil de fazer no campo de computação, pois os conhecimentos necessários para criar novas tecnologias nesta área são próximos dos conhecimentos necessários para aplicar essas tecnologias. Em muitas universidades com currículos acadêmicos avançados, incluindo Stanford e MIT, essa distinção não ocorre. Existem cursos de engenharia elétrica e cursos de ciência de computação, e eles são tratados de formas diferentes.
No Brasil, cada faculdade dá uma abordagem diferente para esses cursos. No caso da Poli-USP, a engenharia de computação, até pouco tempo, era bem generalista e acabava falhando em oferecer conceitos fundamentais de computação na grade obrigatória, como Inteligência Artificial e Algoritmos. Já o curso de computação do IME-USP tem uma abordagem matemática muito forte, o que pode ser desmotivante para quem quer trabalhar na área usando tecnologias.
Os cursos são diferentes porque as faculdades apresentam assim, mas os currículos não são.

Nós, do portal infoEnem, agradecemos imensamente à turma do blog Bit a Bit, especialmente à Eduardo Russo e Rafael Barbolo Lopes.
Esperamos, com esse artigo, ter sanado pelo menos parte das dúvidas dos nossos leitores que, por uma razão ou outra, se interessam ou pensem em seguir essa fantástica profissão.

Fonte: InfoEnem

Guia de Profissão 2013: Engenharia Civil


Engenharia civil é o ramo da Engenharia que lida com a concepção, construção e manutenção do ambiente físico, construído ou natural, incluindo obras como estradas, barragens, edifícios e pontes. Em outras palavras, o engenheiro civil está capacitado e habilitado para projetar, gerenciar e acompanhar todas as etapas de uma construção ou reforma.

Dessa forma, a atuação desse profissional inclui a análise das características do solo, o estudo da insolação e da ventilação do local e a definição dos tipos de fundação. Baseando-se nesses estudos, desenvolve o projeto, especificando partes importantes como as redes de instalações elétricas, hidráulicas e de saneamento do edifício, além de definir o material que será utilizado na construção. Já no canteiro de obras, chefia as equipes de trabalho, supervisionando prazos, custos, padrões de qualidade e de segurança.

Vale ressaltar também que, além de todas essas responsabilidades e funções, e assim como todo engenheiro, existem grandes possibilidades na ocupação em cargos administrativos.


Média Salarial inicial
Segundo o CREA-SP, o salário médio inicial é de R$ 3.732,00 (6 horas diárias).



Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2013, estes são os melhores cursos de Engenharia Civil do país.



Entrevista
Para conhecer mais sobre essa “badalada” engenharia, convidamos o Engenheiro Civil Lucas Biffe, 25 anos, formado pela UNESP (Campus Ilha Solteira/SP) no ano de 2011 e com passagem pela UNIVERSIDADE DO PORTO (Portugal – graduação “sanduíche”), no ano de 2009. No momento Lucas atua como Engenheiro Civil de Obras.


1- Porque escolheu o curso de Engenharia Civil?
Sempre gostei de construir coisas, desde os tempos de LEGO. E também, nos tempos de escola, era bom aluno na área de exatas. Assim, encontrei na Engenharia Civil a profissão perfeita que encaixou no meu perfil.


2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
Curso de Engenharia não é fácil, seja ela Civil, Mecânica, Elétrica… É preciso muito estudo, dedicação, empenho, determinação e muitas, muitas horas sem dormir. Devido ao curso ser integral, a carga horária é extremamente elevada. São muitas disciplinas, muitos trabalhos, muitas provas, e tudo ao mesmo tempo. Então, se você não se organizar, e se empenhar nos estudos, você vai sofrer mais ainda. Mas no fim, a recompensa da formatura vale todo o esforço.


3 – Como é exercer a profissão de engenheiro civil? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Vida de engenheiro civil não é fácil. A responsabilidade que você tem, ao construir algo, e fazer com que aquilo se sustente, e o fato de estar lidando com vidas, é algo que pode (e vai) tirar seu sono, sua tranqüilidade. Mas, a grande recompensa de, ver uma obra de arte, se transformar numa estrutura para o bem da população é a maior gratificação para um engenheiro civil.


4- No atual momento econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os engenheiros civis?
Hoje, o mercado de trabalho está aquecido. Copa do mundo, Olimpíadas, obras do PAC, melhoria da infra-estrutura das grande cidades, são contribuintes para que este mercado acelere. Porém, a realidade é que isto não vai ser para sempre. A oferta de engenheiros está grande também, e a tendência é que o mercado comece sua desaceleração.


5- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade. 
A área da engenharia é linda. É exaustiva mas vale cada pingo de suor no corpo. Vale a pena seguir carreira e procurar o seu diferencial quanto aos outros, sempre!!! E com uma boa universidade, de renome, prestigiada, é um começo para se destacar quanto aos muitos que estão por vir. Portanto, dedique-se, estude bastante, e SERÁ UM GRANDE PROFISSIONAL!!!
  

Guia de Profissão 2013: Engenharia de Produção


Engenharia de Produção é o ramo da engenharia que planeja, projeta e gerencia sistemas organizacionais que envolvem recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e ambientais, visando principalmente melhorar a produtividade de uma empresa.
Certamente, uma das principais características desse engenheiro é a multidisciplinaridade, pois este profissional é capaz de unir conhecimentos de administração, economia e engenharia para racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais da empresa.
Já o curso, em geral, foca inicialmente nas disciplinas básicas de Engenharia (matemática, física, química e informática). Posteriormente, entram as matérias específicas de produção, como gestão de investimentos, organização do trabalho, economia e estratégia de empresas. Nos últimos anos, acrescentam-se as aulas de Sociais Aplicadas, como administração e economia.
Com uma formação tão ampla, esse profissional pode seguir por diversos caminhos na carreira. Alguns vão para a indústria, outros para a área de finanças, outros para áreas comerciais, outros, ainda, para a pesquisa ou abrem o próprio negócio. Se continuar investindo em sua formação, com mestrado, por exemplo, o profissional assume funções de gestão e direção, independente do ramo em que se encontra.


Média Salarial inicial
Segundo o CREA-SP, o salário médio inicial é de R$ 3.732,00 (6 horas diárias).



Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2013, estes são os melhores cursos engenharia de produção do país.



Entrevista
Para conhecer mais sobre as possibilidades de um engenheiro de produção e sobre o respectivo curso, convidamos para uma entrevista Arthur Bortoluci, graduado pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar (2009) e que atua como gestor de negócios do CANAL KEY ACCOUNT FARMA, na empresa JOHNSON & JOHNSON.


1.Porque escolheu o curso de Engenharia de produção?
Todos sabem que escolher uma profissão aos 17/18 anos é uma tarefa muito complexa, pois a escolha direciona todos os seus próximos passos profissionais. Eu já sabia que queria seguir a carreira de engenheiro quando tinha esta idade, mas qual engenharia? Não conhecia a fundo o trabalho de nenhuma delas. Sabia que era uma profissão conceituada no mercado profissional, mas entre tantas opções escolhi uma engenharia que abrangia várias outras – Engenharia Física, uma novidade na época. Foi somente dentro da faculdade que percebi que para continuar no ramo de Engenharia Física teria que seguir no meio acadêmico, e não era isso que tinha imaginado. Comecei a buscar mais informações e o curso que abrangia todas as técnicas de engenharia administrativa, ou seja, a engenharia que abrangia várias áreas para o mercado de trabalho era a Engenharia de Produção. Logo, tomei minha decisão.


2. O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso ensina o aluno a ser um administrador com técnicas de engenharia. Força o estudante a ter um raciocínio rápido de engenheiro com técnicas que facilitam a vida de um profissional no mercado de trabalho. O foco principal é o planejamento e controle de uma linha de produção. A principal dificuldade que tive foi segurar minha ansiedade para trabalhar como engenheiro. O horário das aulas da UFSCar não possibilitava o inicio de estágio antes do último ano, ou seja, aprendíamos técnicas administrativas e ferramentas que nos ajudariam em uma linha de produção, mas não tínhamos como executar na prática.


3 Como é exercer a profissão de engenheiro de produção? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Foi quando eu iniciei minha trajetória profissional que eu realmente percebi que tinha escolhido o curso certo. Eu queria uma Engenharia mais aberta, menos direcionada a um ramo específico, pois não sabia ao certo onde gostaria de trabalhar. E o curso de Engenharia de Produção fez com que eu tivesse a possibilidade de trabalhar em diversos ramos para que minha escolha fosse mais assertiva. O primeiro estágio que consegui foi na área de Marketing, em um banco. Nunca imaginaria que um engenheiro pudesse trabalhar na área de Marketing. Antes de terminar o curso, fiz meu segundo estágio, na área de qualidade em uma linha de produção fabril, e percebi que não era dentro de uma fábrica que gostaria de trabalhar. Por isso, quando me formei, busquei somente áreas relacionadas a Customer Service nos trainees que participei. Hoje sou um gestor de negócios na área de vendas, ou seja, um vendedor de produtos atendendo diretamente clientes de varejo. Mesmo assim utilizo muito as técnicas de melhorias de processo em uma linha de produção que aprendi na faculdade, apenas redirecionei para meu trabalho atual.


4. No atual momento econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os engenheiros de produção?
O mercado de trabalho sempre foi muito competitivo e as empresas pedem cada vez mais profissionais que consigam trabalhar em diversas áreas. A rotação de cargos, o chamado “job rotation”, está em alta nas empresas atualmente e este indicador facilita a entrada do engenheiro de produção no mercado. Outra grande característica deste profissional, e que está sendo valorizada atualmente pelo mercado, é a facilidade de visualizar oportunidades dentro de uma área específica. O engenheiro de produção consegue utilizar as ferramentas de melhorias de processos que aprende na faculdade em diversas áreas e não mais somente em uma linha de produção.


5. Quais as principais características que você acredita serem necessárias para quem escolher a profissão de engenheiro de produção?
A ideia de que a Engenharia de Produção consiste na Engenharia de Administração é pura verdade, e o interessante disso é que não existe uma característica específica para que alguém se torne engenheiro de produção. Existem vários ramos que este profissional pode atuar. Se ele for multitarefas, vai conseguir ter espaço no mercado de trabalho em empresas multinacionais. Se ele for muito analítico, pode trabalhar na área de TI (tecnologia da informação) com melhorias de processos, pois também terá uma base sólida em análise de dados. Se ele for muito criativo, consegue se encaixar em alguma agência de marketing e com sua base analítica se diferenciar dos outros. Ou seja, com as ferramentas administrativas e uma base sólida de engenharia, na minha opinião, o Engenheiro de Produção é o engenheiro mais completo hoje para o mercado de trabalho.


6. Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Se você não sabe ou ainda está em dúvida com o curso que colocou na ficha de inscrição do vestibular, não fique preocupado. Focar nos estudos é o melhor jeito de tirar essa dúvida da cabeça. Se você tem medo de perder tempo ao entrar em uma faculdade e depois descobrir que não era aquilo que queria, não se preocupe, pois nada que você aprende é jogado fora. Todas as informações que você absorve faz com que você se torne um profissional mais capacitado. Conheço pessoas que perderam algum tempo em decidir a sua profissão, mas ganhou muito com a diversidade de conhecimento que tinha.

Após esta esclarecedora entrevista, como de praxe em nosso Guia, disponibilizamos abaixo alguns sites e blogues com mais informações sobre esta bela carreira. Vale a pena acessar. E já fica combinado nosso encontro para a sexta-feira que vem, com mais uma matéria do “Guia de Profissão 2013” do Portal infoEnem!

Fonte: InfoEnem

sábado, 21 de dezembro de 2013

Guia de Profissão 2013: Administração de Empresas

O curso de administração, o mais procurado pelos jovens segundo o último censo, tem como foco o gerenciamento dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa e/ou organização. Dessa maneira, o administrador é o responsável pelo planejamento das estratégias e pelo gerenciamento do cotidiano da empresa.
De forma geral, os dois primeiros anos do curso de administração são ocupados com disciplinas básicas, como matemática, estatística, direito, sociologia, contabilidade e informática. No terceiro ano começam as matérias específicas, como logística, finanças, marketing e recursos humanos. O dia a dia do curso não se limita às aulas expositivas.
O estudante cria e analisa casos fictícios e apresenta seminários. Algumas instituições exigem um trabalho de conclusão de curso (TCC), além do estágio supervisionado.
E quando pensamos em qual setor da economia esse profissional tem maiores possibilidades, pela própria natureza do curso, é evidente que a resposta é TODOS. Isso porque o resultado de qualquer empresa é altamente ligado às decisões do seu setor administrativo.

Média Salarial inicial
Segundo o Conselho Federal de Administração, o salário médio inicial é de  R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2014, estes são os 25 melhores cursos de Administração do Brasil.
* lista organizada por estado e ordem alfabética

Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades desse profissional, convidamos para uma entrevista o administrador Thiago Andrietta, graduado pela Faculdade Prudente de Moraes no de 2005. Atualmente Thiago é Coordenador de gestão de riscos no grupo Brasil Kirin (antiga Schinchariol).
1- Porque escolheu o curso de Administração?
Pela versatilidade. Quando decidi ingressar em um faculdade, não estava certo do que eu realmente queria fazer. O curso de administração forma profissionais que podem atuar em diversas áreas de qualquer tipo de empresa, setor público ou até mesmo organizações sem fins lucrativos.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso para mim foi muito bom, proporcionou uma visão ampla do mercado em geral e da dinâmica do setor privado, para o qual o meu curso era mais focado. Minhas principais dificuldades foram matérias com as quais eu não tinha uma prática na minha rotina de trabalho, como por exemplo contabilidade. Logo que me formei, passei por uma mudança de emprego e esse conhecimento foi necessário. Tive que aprender para poder me adaptar à nova situação.
3 – Como é exercer sua profissão? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Hoje meu trabalho não está relacionado à uma disciplina específica da faculdade, trabalho com Gestão de Riscos Corporativos. Apesar disso, o curso me deu base para exercer a minha atual função, até hoje ainda uso alguns conceitos que aprendi na faculdade. A visão que o curso me proporcionou me permite fazer análises mais elaboradas do cenário econômico atual, para saber quais fatores do mercado podem impactar o negócio da empresa para a qual trabalho. Permite-me também entender com mais clareza os nossos processos internos e como eles se relacionam.
4- No atual cenário econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais de administração?
O mercado para esse tipo de profissional é amplo e não se deve encontrar dificuldades para uma primeira colocação. É importante ressaltar que os salários iniciais nem sempre são atrativos e um idioma adicional é muito importante para complementar o curriculum.
5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para quem escolher ser profissional de administração?
Ser versátil (assim como o curso) e ter interesse pelo mercado de forma geral. Ser comunicativo ajuda também.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Aqui onde trabalho há formandos de administração em diversos departamentos, como compras, comercial, contabilidade, fiscal, comércio exterior, marketing dentre outros. Reforço mais uma vez que o curso é muito versátil, então, se houver interesse em uma ou mais das áreas descritas, administração é uma boa opção.

Fonte: InfoEnem

Guia de Profissão 2013: Física

Podemos dizer que a Física, de uma forma geral, é a ciência que estuda os mais diversos fenômenos da natureza. Desde o muito pequeno (como átomos e moléculas), até o muito grande (como planetas e galáxias). Além da pesquisa pura (geralmente feita dentro das universidades), o físico aplica seus conhecimentos para obter soluções de questões práticas e cotidianas.
Sendo uma ciência de grande abrangência, o bacharel tem a possibilidade de especializar-se em diversas áreas, como ondulatória, astronomia, física médica e desenvolvimento de materiais. Dentro da indústria, realiza experiências e análises para criar e aperfeiçoar materiais tecnológicos, produtos e processos.
Entretanto, atualmente, o licenciado desfruta de um maior campo de trabalho, devido à escassez de professores de física no ensino fundamental e médio.

Média Salarial inicial
Segundo o MEC, o salário médio inicial é de  R$ 1.451,00 (professor da educação básica na rede pública por 40 horas semanais).

Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2012, estes são os 13 melhores cursos de Física do Brasil.
* lista organizada por estado e ordem alfabética

Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades (e dificuldades) do curso de física, convidamos para uma entrevista Frederico Hummel Cioldin, graduado em Física no ano de em 2011 pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). No momento Frederico atua como Servidor Público/ Profissional para Pesquisa/ Físico/ Técnico em nível superior num laboratório de dispositivos semicondutores.
1- Porque escolheu o curso de Física?
Bom, a escolha do curso é um sonho de criança, eu assitia programas como O Mundo de Beakman e O Professor. Sempre me interessei por Ciências e fenômenos. Apesar de não gostar de cálculos matemáticos, sempre fui atraído por experiências. Confirmei essa vontade no ensino médio e cursinho, onde eu aprendi de fato o significado da Física, que é uma das bases de toda nossa tecnologia atual.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
Difícil, complexo, ingrato. Mas no fim é gratificante. Tive problemas com as disciplinas da matemática pelo motivo que já comentei acima: odeio cálculos. Eu sempre gostei das disciplinas experimentais, onde eu poderia montar um esquema experimental para provar ou ver alguma lei física, mas quem gosta de matemática ou teorias físicas, quem não gosta de ficar em laboratório mas sim conjecturando fórmulas, teoremas e leis, também vai gostar do curso. Durante a graduação de física você vai aprender o básico, vai voltar a estudar leis de Newton, velocidade média etc., mas de uma maneira mais completa. Nos dois primeiros anos consistem apenas uma “pincelada” do que virá, estudará coisas básicas de física e matemática, isso é necessário para poder aprender e entender conceitos de disciplinas puras como mecânica geral, eletro magnetismo, termodinâmica e até mecânica quântica. Algumas pessoas acham que irão ver relatividade geral no primeiro semestre de curso, estão enganadas. Sempre temos que começar do início. O vestibular dos cursos de física geralmente tem pouca procura, então a relação candidato/vaga é baixa e é consideravelmente mais fácil ser aprovado no vestibular do curso de física do que outros cursos como engenharia por exemplo. Mas o curso irá exigir de você, exigirá conceitos abstratos, que você se dedique a estudar e fazer as tarefas de casa, as listas de exercícios. Várias vezes eu pensei “O que estou fazendo aqui???”, mas segui em frente. Conheci a minha atual área de semicondutores e resolvi me esforçar e terminar porque achei o que eu queria fazer na minha vida.
3 – Como é exercer a profissão de físico? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Seguir a carreira de Físico é difícil no Brasil, pois o país não reconhece essa profissão e também a pesquisa de base e tecnológica não tem altos investimentos. Tanto que em meu trabalho, apesar de ver muita física no dia a dia, é entitulado por muitos outros nomes, como técnico de laboratório por exemplo. Minha rotina é basicamente a seguinte: Fico o dia todo dentro de uma sala limpa de processos, opero equipamentos, dou manutenção nos mesmos e, além disso, faço processos físicos de deposição de filmes finos, utilizo feixes de laser para caracterizar camadas de filmes. Na minha rotina eu trabalho muito com vácuo, técnica de deposição física por fase vapor, diagrama de bandas e junções (Física do Estado Sólido), circuitos elétricos de alta tensão/corrente e alta potência e processos utilizando plasma. Além de produzir as amostras eu também as caracterizo utilizando processos físicos, como a microscopia eletrônica de varredura e a medida por FTIR (Infra vermelho). É isso, tentei explicar o mais simplificado possível sem entrar em processos avançados para não assustar ninguém.
4- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
Sinceridade: No Brasil o cenário atualmente é ruim, pois na área de educação existem muitas vagas mas na industria é muito difícil aparecer uma vaga ou ainda em laboratórios governamentais (de universidades ou centro de pesquisas) ou até mesmo privados. Mas espero que no futuro a profissão seja mais reconhecida e acredito que novas oportunidades surgirão não só na educação ou área acadêmica, mas na industria também.
5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para aqueles que cursam física e/ou exercem a profissão?
Tem que ser perseverante, não pode desistir facilemente. É preciso ser curioso e saber questionar. E uma facilidade com números ajuda muito mesmo se você odeia fazer 2+2.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Estude. É o conselho que eu dou. Estude muito antes de começar o curso e estude muito mais depois porque o curso requer uma dedicação considerável de seu tempo. Não tenha medo das fórmulas nem tema as contas. Basicamente é isso, quem quiser seguir essa carreira, boa sorte!


Fonte: InfoEnem

Guia de Profissão 2013: Química

Podemos dizer que a química é a ciência que estuda as modificações e características dos elementos que encontramos na natureza. Esta importante ciência, através de técnicas específicas, desenvolve formas de sintetizar e purificar os elementos químicos. Um bom exemplo dessa importância é o fato de diversas substâncias químicas poderem ser criadas a partir da união de determinados elementos naturais.
Dessa forma, é evidente que a química está presente em todos os lugares e em todas as coisas que podemos visualizar. Tudo em nosso planeta é formado por partículas, substâncias e elementos químicos.
Estudando uma ciência tão ampla, é claro que o químico tem inúmeras oportunidades no mercado de trabalho, podendo atuar em diversos tipos de indústria, como a de alimentos, farmacêutica, petroquímica, agroindustrial e da moda, ou, ainda, trabalhar na busca de soluções para suavizar as mudanças climáticas. Para quem deseja se dedicar ao ensino, a demanda também é muito grande, já que há escassez de profissionais para dar aulas em escolas de Ensino Fundamental, Médio e cursinhos pré-vestibulares. Tanto que há outros licenciados, como biólogos e engenheiros, ocupando essas vagas.

Média Salarial inicial
Segundo o Sindicato dos Químicos e Engenheiros Químicos do Estado do Rio de Janeiro, o salário médio inicial é de  R$3.732,00 (referente a uma carga de 6 horas diárias).

Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2012, estes são os 13 melhores cursos de Química do país.
* lista organizada por estado em ordem alfabética

Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades (e dificuldades) do curso de química, convidamos para uma entrevista Jeferson dos Santos, graduado Bacharel em Química pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (1992) e em Licenciatura pela Faculdade Oswaldo Cruz (2005), além de mestre, também pela Unicamp (1998). Atualmente Jeferson leciona para o Ensino Médio e também para o ensino superior e deve voltar em breve a realizar pesquisas para a Unicamp. Cabe ressaltar aqui, que ele também foi o responsável pelas resoluções/comentários das questões de Química das nossas Apostilas preparatórias para o Enem 2013.
1- Porque escolheu o curso de Química?
Esta resposta é simples – VOCAÇÃO. Fiz técnico em química e desde criança já tinha o gosto pela ciência química e o porque das coisas acontecerem e serem formadas.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso foi fascinante, porém faltou a parte prática de aplicação, havia muito conceito. As principal dificuldade foi a falta de base, principalmente em matemática, pois a que tive no ensino médio foi muito fraca. A universidade, porém, nos dava muitas opções de pesquisa e carreiras a seguir.
3- Em geral, as pessoas têm muitas dúvidas em relação as diferenças entre os cursos de química e engenharia química. Para você, quais são as diferenças dos dois cursos, tanto em relação ao foco, quanto nas oportunidades de trabalho?
O químico relaciona-se diretamente ao processo e tem maior base para resolver problemas do porque de um produto estar saindo com determinado problema e melhorar suas propriedades, enquanto o engenheiro tem fundamentos melhores para desenvolver a planta da empresa,  suas máquinas e processo de produção.
Em relação ao mercado de trabalho, o químico tem campo além da própria indústria (onde o engenheiro concorre melhor e normalmente consegue também maiores salários), como no desenvolvimento e pesquisa em outros órgãos.
4 – Como é exercer a profissão de químico? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Não trabalhei diretamente na indústria e não posso opinar, portanto, nessa área. Porém, a atuação em pesquisa é muito gratificante do ponto de vista pessoal, nem tanto no financeiro, por enquanto. Além disso, no magistério me identifico e me realizo profissionalmente. O salário varia muito de instituição para instituição, mas liberdade de trabalho compensa muitas vezes a remuneração.
5- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
O desenvolvimento econômico e científico pelo qual passamos no momento é um prato cheio para nossa profissão, em várias frentes de atuação somos uma classe em alta no mercado. Praticamente com emprego garantido em qualquer ramificação que escolhermos.
6 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para aqueles que cursam química e/ou exercem a profissão?
Sem dúvida dedicação, ética, raciocínio lógico e boa interpretação matemática.
7- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Analise o que você gosta e não se preocupe demasiadamente com salário. Só é feliz e exerce bem o que se propõe aquele que ama o que faz.
Esta foi mais uma bela carreira que você conheceu detalhadamente aqui em nosso Guia de Profissão 2013. Sexta-feira que vem tem mais, não perca!

Fonte: InfoEnem

Guia de Profissão 2013: Ciências Biológicas

Biologia é a ciência que estuda os seres vivos (do grego bios = vida e logos = estudo). Ou seja, estuda a estrutura, a origem e a evolução dos seres vivos, estabelecendo relações entre eles e classificando-os.

Dessa forma, um biólogo pode atuar no desenvolvimento de projetos voltados para a preservação da natureza (tanto de plantas como de animais), assessorar a implantação de projetos de proteção ambiental em empresas de diversos ramos. Também pode atuar na pesquisa científica de instituições públicas e privadas. Outra possibilidade é a área do magistério (tanto ensino fundamental quanto médio). Zoológicos e parques ecológicos também representam opções para os bacharéis em ciências biológicas.

Média Salarial inicial
De acordo com Conselho Federal de Biologia, o salário médio inicial é de R$ 3.732,00.


Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2011, estes são os melhores cursos de Biologia do país.

Entrevista
Para conhecer mais sobre as possibilidades de um bacharel em ciências biológicas, convidamos a bióloga Annelize Aragão, formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestra em genética com ênfase em microbiologia, doutoranda em Bioquímica e que, atualmente, é concursada do instituto de Química da Unicamp, onde trabalha no departamento de química orgânica, mais especificamente no laboratório de bioquímica de proteínas.

1- Porque escolheu o curso de Biologia?
Olha essa é uma pergunta interessante. Na época eu acho que tinha uma ideia bem mais clara sobre os meus motivos, mas com certeza essa escolha teve a ver com a minha afinidade pelas matérias de Ciência e Biologia e a minha vontade de estar longe de matérias de exatas, como Física e Matemática. Nas brincadeiras da infância eu sempre sonhei em ser cientista, algo como o Beakman, do seriado Mundo de Beakman que passava na TV Cultura. Fora o sonho de criança, teve o lado prático e racional porque eu queria fazer um curso noturno, já que trabalhava durante o dia, e gostava muito da ideia de poder dar aulas, e o curso noturno habilitava para a licenciatura.

2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso tem basicamente duas frentes: a Biologia Molecular e a Biologia Ambiental. A parte molecular abrange muitas subáreas: Biologia Celular, Genética, Bioquímica, Imunologia, Fisiologia; a parte Ambiental é relacionada com as subáreas de Ecologia, Zoologia, Botânica; e a interface entre a Biologia Molecular e Ambiental envolve subáreas como a Parasitologia, Microbiologia, entre outras. Cada subárea poderia ser extensamente estudada, como um curso a parte, mas não é. A formação do biólogo contempla os conhecimentos básicos de cada uma delas e ainda um pouco de outras áreas como Geologia, Paleontologia, Anatomia, Física, Matemática e Química. É um curso muito intenso, com muitos processos a serem entendidos e compreendidos na teoria, muitas aulas práticas, que exigem do aluno envolvimento e boa capacidade de observação e comparação. Como é uma ciência em construção, desde a graduação o aluno é colocado frente à artigos científicos, muitas vezes publicados em revistas internacionais, o que faz o domínio básico do inglês ser essencial. As minhas maiores dificuldades foram nas matérias voltadas para a parte molecular, mas também era nessas áreas o meu maior interesse.

3- Em geral, muitos estudantes, principalmente na hora do vestibular, pensam em seguir a carreira acadêmica. Entretanto, como sabemos, poucos acabam, de fato, concretizando esse sonho. Na sua opinião, por que isso ocorre?
Discordo da afirmação. Na hora do vestibular o estudante não tem muita noção do que é a área acadêmica. Geralmente os vestibulandos de Biologia tem uma grande facilidade nessa matéria durante o Ensino Médio e gostam muito de uma determinada área, como Genética. Somente depois que iniciam o curso é que começam a perceber as oportunidades no campo acadêmico (principalmente nas Universidades Públicas), devido ao ingresso nos programas de Iniciação Científica oferecidos pelos grupos de pesquisa da Universidade. Não posso dizer que seja um fenômeno geral, mas alguns dos meus colegas terminaram a graduação e prestaram vestibular novamente para outras áreas como Medicina Veterinária, Administração e Economia, outros foram dar aula no Ensino Fundamental, Médio e Cursinhos, mas a maioria ficou na área acadêmica, optando por fazer mestrado e depois doutorado, como eu fiz.

4 – Como é exercer a profissão de bióloga? Conte-nos um pouco sobre sua rotina dentro da universidade.
Na área de pesquisa não há uma rotina! Fazer ciência é estar sempre estudando, lendo artigos, testando hipóteses… Nós utilizamos diferentes metodologias para responder perguntas biológicas. No meu caso, já trabalhei com diferentes linhas de pesquisa. No mestrado estudei os fatores de virulência de bactérias causadoras de doenças em humanos e animais e no doutorado estudei o papel de uma proteína na comunicação de células normais e tumorais. Agora estou inserida em um grupo que pesquisa o papel de proteínas que ajudam outras proteínas a manterem uma estrutura normal e podem estar envolvidas com a progressão da Doença de Alzheimer.

5- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
O Biólogo é um profissional que vai concorrer nas muitas áreas de atuação com Farmacêuticos, Biomédicos, Químicos, Engenheiro Ambiental entre outros. Na iniciativa privada eu vejo muita dificuldade em arranjar uma colocação, principalmente se você não fez um estágio durante a sua graduação. Na área acadêmica, os concursos públicos para docente aparecem, mas exigem uma formação muito competitiva, com publicações de artigos internacionais e de alto nível. Por isso, muitos Biólogos optam por investir em uma segunda carreira, que ofereça mais oportunidades.

6 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para aqueles que cursam biologia e/ou exercem a profissão?
Primeiramente você precisa gostar do que faz. Curiosidade também é uma característica fundamental. Além disso o Biólogo precisa ser observador, ter uma boa memória e paciência.

7- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Se você é alguém preocupado somente com o dinheiro, cargos de chefia e ter um super emprego, não faça biologia, faça engenharia! Eu sou muito suspeita para falar, porque não me vejo fazendo outro curso ou atuando em outra área, apesar das dificuldades. É importante pensar bem antes de tomar essa decisão e conhecer um pouco sobre o enfoque que a Universidade dá para o curso que você pretende fazer. Eu consegui realizar meu sonho de criança e me tornei uma cientista muito feliz. Meu melhor conselho é seja feliz na sua profissão, seja ela qual for. Boa sorte nesta escolha!

Fonte: InfoEnem

Guia de Profissão 2013: Economia

Dentre tantos significados que a palavra em si pode assumir, aquele que nos interessa, no momento, afirma que economia (ou ciências econômicas) é a ciência que estuda a produção, distribuição e consumo dos bens e serviços.
Assim sendo, economistas são profissionais que estudam os fenômenos relacionados com o consumo e a produção de bens e serviços que podem ou não envolver dinheiro. Teoricamente, estão capacitados para auxiliar a construir, a ampliar e a preservar patrimônio. Tanto de pessoas, como de empresas e governos, desenvolvendo planos para a solução de problemas financeiros, econômicos e administrativos nos diversos setores de atividade.
Os economistas gozam de enorme versatilidade na hora de escolher e exercer sua profissão, já que buscam encontrar soluções referentes a um país, uma região, empresas ou até investidores individuais. Dessa forma, conseguem serviço tanto em empresas privadas como em órgãos públicos (municipais, estaduais e federais).
Antes de nos aprofundarmos mais sobre essa carreira, é válido desfazer uma confusão muito comum entre os vestibulandos. Embora a matemática seja uma das grandes ferramentas do economista, a economia é uma ciência humana!
Média Salarial
Segundo o Site Guia da Carreira, o salário médio é de R$ 3.022,00.
Onde estão os melhores cursos?
Segundo o Guia dos Estudantes 2011, estes são os melhores cursos de Economia do país.
*Os dados estão organizados por estado e ordem alfabética.

Entrevista
Para entender melhor o cotidiano, as expectativas e as oportunidades de um economista, convidamos Eduardo Bortoluci, formado em Ciências Econômicas pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 2010 e que atualmente trabalha na multinacional alemã Siemens, na área de Petróleo e Gás.
1- Porque escolheu o curso de Ciências Econômicas?
Eu sempre tive boa aptidão com números e gostava de gráficos, tabelas, etc. Na escola eu tirava boas notas em Matemática, Física e Química, porém gostava muito das aulas de História e Geografia, mesmo não indo tão bem nestas matérias. Achava muito interessante assistir uma aula sobre um determinado assunto e, ao assistir um documentário ou mesmo ao ver as notícias, conseguir entender o que estava se passando.
Eu até fiquei em dúvida entre prestar Engenharia e Ciências Econômicas, porém ao conversar com amigos que faziam Engenharia, eu percebi que seria “muito número” para mim, então achei melhor prestar Ciências Econômicas.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso de Ciências Econômicas é bem amplo em termo de disciplinas. Você estuda desde História Pré-Capitalista (Economia Feudal) até Econometria (Estatística aplicada a Economia). Dependendo da Faculdade em que você estudar, as matérias podem ser voltadas mais para Exatas (USP, PUC-RJ) ou mais para Humanas (UNICAMP, UFRJ).
Acredito que esta diversidade de matérias seja a maior dificuldade do curso, principalmente no primeiro ano, quando os alunos não costumam entender o motivo de estudar matérias tão diferentes, que variam desde Ciências Sociais à Cálculo I, já no primeiro semestre do curso. No entanto, basta manter em mente que os primeiros anos são a base do curso. Assim, um dia você entenderá o motivo de ter estudado estas matérias.
O Curso em si, e independente da Faculdade, possui diversas cadeias (Economia Brasileira, Economia Internacional, Estatística, Microeconomia, Macroeconomia, entre outras), que vão se complementando ao longo do curso. No final, você conseguirá compreender a relação entre estas cadeias e entender, por exemplo, que o que você estudou em Economia Brasileira tem ligação com o que você estudou em Macroeconomia, que tem relação com a Economia Internacional e assim por diante.
Na minha opinião é exatamente por isso que o curso de Ciências Econômicas é tão fascinante. Você conseguirá entender vários acontecimentos do presente e da história com as bases econômicas que estudou. Com certeza terá uma visão mais ampla em relação a outros cursos de graduação e isso fará com que você possua um diferencial no mercado de trabalho.
3- No seu ponto de vista, em que área de atuação da Economia estão as melhores oportunidades para os recém-formados?
Escolher a área de atuação não é uma tarefa simples. Eu mesmo fiquei entre duas ou três opções antes de decidir o que fazer. Isto dependerá muito de quais são os seus objetivos pessoais e profissionais.
Mas, considerando o atual cenário da Economia Brasileira, eu diria que as melhores oportunidades estão em Bancos, grandes Consultorias e no Mercado Financeiro. Esta é a área de atuação hoje onde há o maior número de contratações, principalmente dos Bancos. É só ler os jornais que vocês entenderão os motivos para isso. Os Bancos brasileiros estão entre os maiores do mundo e são as empresas nacionais que detêm os maiores níveis de rentabilidade para seus acionistas. Porém alerto que, apesar de estarem contratando bastante, é uma área onde a pressão é muito grande e você terá que “ralar” muito no seu início de carreira, pois ao mesmo tempo em que podem trazer uma rápida ascensão, te farão trabalhar 12, 14 horas por dia.
Outra opção que até um tempo atrás estava em alta eram os Concursos Públicos. Como quase todos os concursos pedem noções de Contabilidade, Microeconomia e Macroeconomia, ser formado em Ciências Econômicas faz com que você esteja um passo a frente dos seus concorrentes. Lógico que terá que estudar muito para passar nos “bons” concursos, mas é uma opção de carreira muito sólida e, se você preza mais pela estabilidade no emprego, pode ser uma boa opção de carreira.
Se você é do tipo que gosta de estudar, pesquisar e pensa em dar aulas, não tem o que discutir. Carreira Acadêmica é a melhor opção. E como a Economia está em constante transformação, sempre tem algo a ser estudado. Então está é uma carreira para a qual sempre haverá oportunidades. Ainda mais se os incentivos do governo para fazer Mestrado e Doutorado fora do país e as promessas de investimentos em educação finalmente acontecerem, esta pode ser uma profissão muito concorrida no futuro.
Por outro lado, se você for igual a mim e quiser trabalhar em empresas privadas, enfrentará uma forte concorrência de graduados em Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Comércio Exterior, etc. As oportunidades de emprego costumam ser comuns entre estas áreas (trabalhar na área financeira das empresas) e como o mercado não está tão bom quanto gostaríamos, possuir um diferencial além da graduação auxilia muito em busca do emprego. Línguas, Viagens Internacionais, Cursos extra-curriculares, são todos requisitos analisados pelo recrutadores das grandes empresas além, é claro, do seu perfil profissional.
Acho que o recado que tenho para dar é que é muito importante se conhecer antes de escolher qual a área de atuação a seguir. Eu conheço pessoas que só tiravam nota 10 na Faculdade mas que não se deram bem quando trabalharam em empresas privadas. Isto é muito pessoal e você deve se conhecer antes de tomar qualquer decisão.
4 – Como é exercer a profissão de economista? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
A grande vantagem de se fazer matérias tão diversas é o reflexo que se tem na atuação no mercado de trabalho, já que existe uma enorme gama de atuação para os economistas. Da minha turma de graduação, por exemplo, existem pessoas que estão trabalhando com o Governo, pessoas concursadas em empresas públicas, pessoas que seguiram a carreira acadêmica, pessoas que optaram pelo Mercado Financeiro e os que, como eu, optaram por trabalhar em grandes empresas privadas. Existem ainda aqueles que aproveitaram a sólida formação que tiveram para tocar os negócios de família, aproveitando para praticar alguns dos conceitos que tiveram ao longo do curso em seus próprios negócios.
Para mim, é só uma questão de analisar a área que você mais se identifica e correr atrás para se especializar. Este processo de busca não é fácil, por isso vale a pena começar cedo: os estágios tem papel muito importante nesta escolha.
5- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Para finalizar, a grande vantagem que eu enxergo ao ter feito Ciências Econômicas é a grande gama de aprendizado e oportunidades de trabalho.
Você terá diversos tipos de matérias e, ao longo do curso, com certeza irá encontrar o que considera melhor para si mesmo. Quando descobrir o que quer fazer efetivamente, aí sim correr atrás do que é melhor. Estágios, aulas complementares, foco no estudo para prestar um mestrado, etc. O que decidir, você terá requisitos mínimos para fazer.
Das três turmas que acompanhei na faculdade (os que entraram em 2005, 2006 e 2007), eu não lembro de nenhum estudante que saiu da faculdade sem emprego. Os recém-formados desempregados estavam nesta situação por opção, seja para prestar o Mestrado ou estudando para concurso.
Então posso afirmar com 100% de certeza que a carreira de economista é uma ótima opção para aqueles que não tem certeza do que prestar!
Se você gosta de estar antenado nas noticias do cotidiano (jornais e revistas) e tem uma certa aptidão para matemática, talvez esse seja o curso ideal para você! Caso ainda esteja em dúvida, logo abaixo separamos alguns sites e blogues sobre economia. Confira!

Fonte: InfoEnem